Título: Exportação de álcool vai aumentar em 2008, diz estudo
 
Yoshimi Shintaku está animado com a possibilidade do crescimento no volume de exportação do alcool
 
Ao analisar a performance de produção de álcool no Brasil, o presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, disse que a expectativa para este ano de 2008 é das melhores, ao comparar o volume de exportação do ano passado. “Em 2007 foi muito ruim”, afirmou o dirigente que vem observando a grande produção entorno da cidade de Marília, que tem trocada as plantações de café ou pasto, por cana-de-açucar, em larga escala.

Na observação feita pelo líder sindical, os grandes importadores como Estados Unidos e União Européia tendem a impulsionar as exportações brasileiras, que deve alçar algo entorno de quatro bilhões de litros este ano. “O ano passado atingiu 3,5 bilhões”, lembrou Yoshimi Shintaku, ao observar recente estudo neste sentido. “O detalhe é que o custo de produção do álcool a partir da cana-de-açucar caiu 4% no ano passado, em relação a 2006”, falou o presidente do Sindicato Rural de Marília ao lembrar da pressão exercida pelos preços da cana, enquanto os do etanol de milho saltaram 45%. Já os custos do álcool a base de trigo subiram 43%, enquanto que os da gasolina avançaram 16%.

Yoshimi Shintaku garante que a competitividade do álcool brasileiro cresceu dramaticamente, em virtude deste quadro que existia. Estima-se que os custos de produção neste ano vão subir 10% para o álcool de cana, 5% para o de milho e 15% para o de trigo. Os custos de produção da gasolina subiriam 10%. “Os analistas prevêem uma produção de álcool do Brasil na próxima safra de 24 a 25 bilhões de litros”, reparou Shintaku diante do documento recebido. “O consumo interno ficaria em média em 20 bilhões de litros, o que deixa o País com um excedente maior de álcool, que poderia ser exportado”, calcula.

Segundo os dados enviados os EUA devem continuar sendo o principal mercado do Brasil no exterior, com importações de 2,1 bilhões de litros. As vendas diretas devem crescer entre 200 milhões e 700 milhões de litros, ante 500 milhões em 2007. As exportações brasileiras para a União Européia devem atingir 1,2 a 1,3 bilhão de litros, contra 1 bilhão em 2007. A produção mundial de álcool pode subir para 70 a 75 bilhões de litros neste ano, com uma demanda equilibrada com a oferta. “Esse é um mercado que interessa ao Brasil”, afirmou Shintaku.