Título: Mandioca tem preço mais baixo dos últimos anos
 
Yoshimi Shintaku disse que tonelada da mandioca já foi vendida a R$ 110,00 e custa hoje R$ 26,00
 
A tonelada da mandioca está valendo em torno de R$ 26,00, um dos mais baixos preços da história da cultura na região. O produto já chegou a valer R$ 110,00/t há um ano e a única saída para a recuperação dos preços nos níveis entre R$ 50,00 e R$ 60,00 é a abertura de um novo mercado. O assunto foi discutido nesta semana entre lideranças e produtores de mandioca da região.
A reunião foi coordenada pelo presidente da Câmara Setorial da Indústria da Mandioca e do Sindicato da Indústria da Mandioca de São Paulo, José Reynaldo Bastos da Silva. Ele propôs uma mobilização de apoio ao Projeto de Lei 4679/01, de autoria do Deputado Federal Aldo Rebelo, que dispõe sobre a obrigatoriedade da adição da farinha panificável de mandioca à farinha de trigo para a fabricação de pães, biscoitos e massas. "Esta é uma das formas de valorizar o produto e temos que apoiar", acredita José Reynaldo.
Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília explicou que o produto substituiria o trigo importado, numa proporção de 10%, dentro dos próximos três anos. "Só com esta providência poderíamos abrir um mercado de 500 mil toneladas/ano de derivado de mandioca, o que corresponde hoje à totalidade da industrialização de fécula de mandioca no Brasil", disse. Isso significa um mercado, para o produtor, de aproximadamente dois milhões de toneladas de raiz de mandioca, ou 100 mil hectares de área plantada, considerando uma produtividade média de 20 toneladas/hectare.
Os produtores e industriais de mandioca aprovaram a medida e já marcaram um novo encontro para o dia 10 de outubro, para organizar uma viagem até Brasília, no dia 18 de outubro, quando será realizado o Seminário Nacional da Mandioca, na Câmara dos Deputados. Segundo o presidente do Sindicato Rural, a proposta é de que cada um dos produtores que compareceram na reunião desta semana leve mais três produtores para o próximo encontro do dia 10, quando acontecerá a última reunião antes da viagem programada para o dia 17 de outubro.