Título: Santa Casa comemora aniversário com diminuição de déficit
 
Milton Tédde é o oitavo provedor da Santa Casa. O primeiro foi Bento de Abreu Sampaio Vidal
 
A Santa Casa de Marília comemora no próximo dia 22, terça-feira, 79 anos de fundação e atividades ininterruptas na cidade de Marília, com a diminuição no déficit anual que baixou de R$ 4 milhões para R$ 800 mil nos últimos três anos. “Temos muitos motivos para comemorar, mas este tem um significado muito importante para a sustentabilidade do hospital”, disse o atual provedor, o empresário Milton Tédde, que está na instituição por quase 30 anos. “Ao longo dos últimos anos tivemos bons motivos para festejar”, afirmou o dirigente ao destacar o sonho do fundador Bento de Abreu Sampaio Vidal que prevalece até os dias atuais. “O Hospital tem a sua importância na comunidade como ele sempre desejou”, recordou ao se sentir orgulhoso em fazer parte de quase a metade desta história.

Sendo referência em alta complexidade, atendendo 62 municípios da região, encontra-se entre as 26 maiores Santas Casas do País. Segundo Milton Tédde o envolvimento dos funcionários do hospital e dos médicos do corpo clínico com a Santa Casa são as principais virtudes da gestão atual. “Nesses 79 anos a Santa Casa ampliou os serviços oferecidos com qualidade no atendimento e no tratamento médico”, disse ao citar a construção do Pavilhão Infantil como um dos marcos históricos do hospital. “Essa história é a demonstração do quanto a Santa Casa é querida na comunidade”, relembrou ao citar que a obra foi um presente do fundador à esposa Maria Isabel. “Mesmo com o espaço limitado atualmente, ainda é possível crescer”, garante Milton Tédde o oitavo provedor do hospital desde a fundação.

Na próxima terça-feira, no auditório da Associação Paulista de Medicina (APM), a diretoria da Santa Casa estará apresentando o planejamento estratégico, balanço financeiro, projetos técnicos e o plano diretor de arquitetura ao corpo clínico do hospital. Segundo Milton Tédde, com uma melhor distribuição das alas e setores do hospital é possível ganhar espaço, otimizar serviços e agilizar o atendimento. “A idéia é desenvolver tudo isso dentro de cinco anos, apesar do déficit”, planeja. “Com a parceria que temos com os médicos e a comunidade é possível zerar este déficit”, falou com a mesma confiança que teve nas negociações mais delicadas com diversos credores e fornecedores.

Com o respeito administrativo resgatado, segundo Milton Tédde, a coincidência com boas gestões públicas nas esferas estadual e municipal ajudaram muito neste sucesso. “Nosso pior momento foi quando o Governo Collor suspendeu o pagamento através do IVDH”, recordou o provedor ao explicar que naquela época o Governo Federal pagava R$ 2,20 a cada R$ 1,00 gasto pelo hospital. “Marília era bem classificada no Índice de Valorização Hospitalar”, relembrou ao afirmar que o hospital trabalha 70% de atividades pelo Sistema Único de Saúde (Sus). “São 12 anos sem reajustes. Esse é o lado triste da história”, lamentou.

O HOSPITAL – A Santa Casa de Marília conta atualmente com 381 médicos, 24 residentes nas áreas de ortopedia, cardiologia e anestesia; 661 funcionários; 136 agentes comunitários. Realiza em média 510 cirurgias/mês; 829 internações/mês e 10.610 atendimentos ambulatoriais.