O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, demonstrou preocupação com a disparada dos preços dos fertilizantes, numa época em que os preços dos alimentos estão elevados em todo o mundo, os de fertilizantes também estão em forte alta, produzindo enormes lucros para seus principais fabricantes e revolta entre agricultores em lugares tão distantes quanto Brasil, Estados Unidos e Índia. “Os preços dos fertilizantes estão subindo mais rápido que o de qualquer outra matéria-prima usada pelos agricultores”, afirmou Yoshimi Shintaku.
Segundo dados fornecidos pelos indicadores econômicos, a disparada dos custos tem tornado mais difícil para os produtores rurais expandir suas lavouras em resposta à crise global dos alimentos que provocou protestos, racionamento e controle de exportação em muitos países. Os preços dos alimentos subiram nos últimos meses porque a crescente demanda por cereais, que excedeu a produção durante boa parte desta década, reduziu os estoques a níveis extremamente baixos. “Isso ajudou a chamar atenção para os custos da produção agrícola, que incluem os fertilizantes”, destacou o dirigente. “Um pequeno grupo de empresas dos EUA, Canadá e Rússia, é que domina a produção mundial de carbonato de potássio e fosfato, matérias básicas para os fertilizantes”, disse ao incluir o nitrogênio, o potássio, normalmente na forma de carbonato de potássio, e o fósforo, na forma de fosfato, sendo outros ingredientes do fertilizante.
O governo brasileiro está avaliando a nacionalização das jazidas de fertilizantes do país para ajudar a reduzir os custos de produção agrícola. Os preços dos fertilizantes começaram a subir firmemente cerca de um ano atrás, depois de quase dez anos de estabilidade. “Criou-se um hábito de promover qualquer cultivo com a presença dos fertilizantes”, disse o dirigente que sugere a utilização de produtos com base de ingredientes naturais, que não danificam o solo e que já comprovaram uma eficácia maior. “O pequeno e médio produtor rural utiliza alguns recursos naturais para fortalecer as propriedades minerais do solo”, comentou Yoshimi Shintaku ao sugerir uma melhor organização na propriedade rural, para a captação de produtos que podem se decompor, sem agredir o solo. “É preciso saber separar o que é natural, o que é artificial e o que é processado”, falou. |