Título: Produção brasileira em alta, segundo Shintaku
 
Produção de ovos e frangos está crescendo no Brasil, segundo pesquisa do IBGE
 
O presidente do Sindicato Rural de Marília observou como positiva a recente pesquisa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou um crescimento na produção brasileira de ovos de quase 10%. Segundo o levantamento analisado pelo dirigente sindical, no primeiro trimestre de 2008 foram produzidas no Brasil, em unidades produtoras com plantel superior a 10 mil fêmeas de postura, 570,5 milhões de dúzias de ovos, o equivalente a 16,9 milhões de caixas de 30 dúzias. “Essa quantidade toda inclui, além dos ovos de consumo, também os ovos férteis para produção de pintos comerciais e de aves reprodutoras, de corte ou postura”, disse Yoshimi Shintaku que conhece bem este mercado.

O volume levantado pela pesquisa do IBGE representa aumentos de 8,2% e de 2,6% sobre, respectivamente, o primeiro e o quarto trimestres de 2007 e – de acordo com o instituto que trata das estatísticas brasileiras - estão em parte relacionados ao incremento na produção de frangos de corte, cujos abates cresceram continuamente nos últimos trimestres. “A produção de ovos e de carne de frango crescem de forma contínua nos últimos meses”, constatou o dirigente que vê nos ovos e na carne da ave como alternativas de alimento para a população de baixa renda.

No quadro apresentado pelo estudo nacional, a distribuição da produção entre unidades federativas com plantel superior a 10 mil aves, aponta alguns estados (por exemplo, no Paraná), o volume produzido sofre forte influência dos ovos férteis destinados à produção de pintos de corte, daí a aparente perda de participação de outros estados – caso, especialmente, de São Paulo, que detém mais de 40% da produção brasileira de ovos de consumo. “São formas de produção, pois do ovo vem desde o alimento em si como a produção de frangos”, explicou o presidente do Sindicato Rural ao apontar o centro-oeste paulista como um dos principais centros de produção do setor.

Os dados de crescimento surpreenderam o dirigente em razão do elevado custo com rações que tem o milho como base principal. “Isso vem encarecendo a produção, seja de ovos ou de frangos, pois remédios, instalações adequadas e a ração, são instrumentos básicos para a manutenção da produção”, disse. “Sem contar a energia elétrica que é outro insumo importante neste setor”, falou com propriedade por administrar propriedade rural com granja há muitos anos. “Houve época pior, mas as dificuldades continuam”, recordou. “Problemas sempre existem, pois o agricultor sempre é penalizado pela falta se incentivo do Governo Federal”, reclamou o dirigente ao generalizar as dificuldades do homem no campo.