Título: Facesp solicita parcelamento do recolhimento do imposto
 
Sérgio Lopes Sobrinho, presidente da Acim, acredita na liberação do parcelamento do ICMS
 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho, recebeu cópia do Ofício 148/08 da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), assinada pelo presidente do órgão estadual, Alencar Burti, em que solicita ao Governador do Estado de São Paulo, José Serra, o parcelamento do recolhimento do Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS), relativo às vendas do comércio varejista no mês de dezembro. “Nos últimos anos a Facesp tem conseguido este parcelamento e a tendência é que seja conseguido novamente”, disse o dirigente mariliense que conversou sobre o assunto pessoalmente com o presidente da entidade estadual.

Segundo o documento a razão da solicitação é que ocorre aumento acentuado das vendas no mês de dezembro, enquanto às compras são reduzidas, por terem sido antecipadas. Além disso, parcela significativa do faturamento é a prazo, o que faz com que o pagamento do imposto ocorra antes do recebimento dos créditos das vendas, gerando descompasso do fluxo de caixa, o que força o varejo, muitas vezes, a ter que recorrer a crédito bancário para cumprir a obrigação fiscal. “Além disso, existe a redução do ICMS devido pela indústria para muitos produtos aumentou a tributação incidente sobre o comércio”, acrescentou Sérgio Lopes Sobrinho, atual vice-presidente da Facesp.

Esta solicitação do setor empresarial, segundo o presidente da Acim, é procedente e em todos os anos, desde a época do Governador Mário Covas, a Facesp tem conseguido este parcelamento que é importante para o micro, pequeno, médio e grande empresário. “O benefício envolverá a todos, pois este imposto atinge qualquer comerciante”, falou o dirigente local que espera para as próximas semanas uma manifestação positiva por parte da Facesp, neste sentido, com o aval do Governador José Serra. “Isso não prejudica o Estado, que receberá, até mais garantido, o imposto de forma correta”, opinou o dirigente que aguarda este anúncio para breve.

AUMENTO DAS TAXAS - Para o superintendente da Acim, José Augusto Gomes, as altas no varejo devem acompanhar as altas nas taxas do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). “A tendência é que haja elevação”. Para o dirigente local a alta nos juros não representa um grande perigo para os negócios. “O impacto deve acontecer se houver redução nos prazos”, comentou ao fazer cálculos que exemplifica a situação: com juros mensais a 3,52%, R$ 1 mil saem a R$ 62,40 em 24 meses. Já com juros a 3,95% em 18 prestações, cada uma sai a R$ 78,67. “A diferença não é grande”, afirmou o superintendente da Acim. Já com as mesmas taxas de juros a 3,52%, em 12 vezes, as prestações praticamente dobram, chegando a R$ 106,24. “É ai que está o impacto maior e que deve afetar parte das classes C e D”, opinou.