Título: Yoshimi Shintaku destaca nova presidente da CNA
 
A nova presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu
 
O presidente do Sindicato Rural de Marília, o avicultor Yoshimi Shintaku, destacou a presença da senadora Kátia Abreu, que tomou posse como nova presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), substituindo a Fábio de Salles Meirelles, atual presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp). Segundo ele na cerimônia de posse a nova presidente foi contundente quanto a necessidade de melhora na imagem dos produtores rurais junto a sociedade brasileira, e que tentará estreitar o modo do produtor se relacionar com o mercado, o consumidor, o governo e a economia global. “Ela foi firme na primeira fala como presidente”, ressaltou o dirigente mariliense.

Como presidente da CNA, Kátia Abreu disse que o agricultor sofre com o preconceito velado. “Odiosamente lhes foi atribuída (...) toda sorte de culpas e anedotas pelo atraso econômico, social, cultural, tecnológico e principalmente, político deste País”, disse ao ser empossada. “Queremos romper com a imagem injusta. Somos o que somos e não quem nos imaginam. É falso que sejam os empresários rurais, por se dedicarem à atividade econômica da agricultura, protótipos do atraso, da fortuna injusta, da propriedade usurpada e do poder feudal”, falou em tom duro.

Aos 46 anos de idade, senadora pelos Democratas do Tocantins, Kátia Abreu é a primeira mulher a presidir a CNA. A nova diretoria, composta por cinco membros, assume com um plano estratégico de promover oito projetos inovadores para o campo, como a capacitação do produtor em Responsabilidade Ambiental (Projeto Terra Adorada), a capacitação em Legislação Trabalhista (Projeto Mãos que Trabalham) e os programas de Inclusão Digital Rural e Campo Futuro. O objetivo desses projetos é promover um choque de globalização nos produtores brasileiros.

Uma das propostas da nova diretoria é montar “brigadas” de consultores que percorrerão as propriedades rurais a fim de orientar os produtores, preventivamente, sobre as legislações ambientais e trabalhistas. “Esta declaração de ruptura também atinge as fantasias caluniosas que reservam aos produtores rurais o protagonismo da vilania na questão do meio ambiente”, disse a senadora Kátia Abreu. “A conta da preservação de áreas de cobertura florestal está endereçada a destinatário errado”, disse. “Que outra atividade econômica, na indústria e nos serviços é compelida, sem a contrapartida de benefícios fiscais, a privar-se do uso econômico de 20% até 80% do seu patrimônio fundiário, que podia ser usado na atividade produtiva?”, questionou. “A preservação de áreas de proteção ambiental – uma questão de sobrevivência do planeta - é essencial, insubstituível e irrevogável”, defendeu ao ser aplaudida.