Título: Muladeiros participam de romaria
 
Foram 230 quilômetros em oito dias de cavalgada até a cidade de Santo Expedito
 
Os integrantes do Clube dos Muladeiros de Marília participaram de romaria até a cidade de Santo Expedito, próximo do município de Presidente Prudente, na região centro-oeste do interior do Estado de São Paulo. Foram 230 quilômetros percorridos com oito paradas obrigatórias, durante oito dias. “Foi a maior e mais longa viagem que fizemos”, disse o presidente do Clube dos Muladeiros de Marília, Joaquim Arnaldo, que contou com a participação de 20 muladeiros do clube, até o final do percurso. “Começamos com 50 quilômetros e terminamos com oito ao dia”, disse o dirigente ao comentar sobre a média de cavalgada percorrida.

Os pousos foram em propriedades rurais localizadas nas cidades de Lutécia, Borá, João Ramalho, Martinópolis, Regente Feijó, Montalvão, Timburi e no final em Aldredo Marcondes, próximos a cidade de Presidente Prudente. “Contamos com pessoal de apoio, com profissionais para o atendimento da tropa”, falou o presidente mariliense ao destacar a presença de 2 mil participantes das cavalgadas rurais na romaria até Santo Expedito. “Além de ser uma atividade específica, o evento foi uma grande confraternização entre os apaixonados das cavalgadas rurais”, comentou o muladeiro de Marília.

Para um trabalho neste sentido é preciso uma organização detalhada. Uma equipe mariliense fez o percurso motorizado com a medição do trajeto e os acertos nos locais onde os pousos foram realizados. Além disso, outra equipe acompanhou o grupo que sempre esteve na companhia de dois animais cada, em virtude da distância percorrida. “Tivemos um caminhão com cozinheiros, malas e material de apoio aos participantes e aos animais”, explicou Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo ao recordar as atividades desenvolvidas durantes as noites nas propriedades rurais. “Levantávamos na madrugada para preparar os animais para cinco horas seguidas de cavalgada”, ressaltou ao mostrar preocupação com a tropa. “Os violeiros se encontravam a noite para animar e incentivar o pessoal”, disse ao acrescentar as histórias, causos e as atividades do tropeirismo.

Outra atividade desenvolvida nos oito dias de cavalgadas foi o trabalho para confeccionar tralhas de argolas para enfeite nos animais para o dia da romaria. “Foram produzidos material com couro, argolas, cortes especiais nos pêlos dos animais, tranças nas crinas, entre outros detalhes que chamaram a atenção da nossa presença”, disse Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo. O Clube dos Muladeiros de Marilia está na ativa há sete já realizando 190 viagens e cavalgadas.