Título: Prestação de serviço aumenta desempenho no comércio
 
Mauro Celso Rosa, vice-presidente da Acim, acredita em melhoria no segundo semestre deste ano no comércio
 
Com o comportamento econômico instável diante da crise mundial, especialistas afirmam que o setor de serviços não oscila no mesmo ritmo da indústria, que recebe primeiro o impacto da queda da demanda. Segundo pesquisas as quedas de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre deste ano em relação aos três meses imediatamente anteriores e de 1,8% sobre igual período do ano passado surpreenderam os analistas, que esperavam retração maior, e foram menores do que alguns outros países registraram no período. “Isto deve ser visto como fator motivacional”, disse o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Mauro Celso Rosa ao constatar a pesquisa que aponta o setor de serviços como o único que apresentou crescimento nas duas comparações: 0,8% sobre o último trimestre do ano passado e 1,7% sobre igual período de 2008.

A surpresa positiva foi o setor de serviço, que contribuiu para que o resultado global fosse melhor. A surpresa negativa ficou por conta do comércio – subsetor de serviços – que teve queda de 6% na comparação com o primeiro trimestre de 2008. “O desempenho do comércio já mostrava desempenho negativo neste primeiro trimestre”, afirmou Mauro Celso Rosa ao justificar que no comércio em geral ao existem produtos de maior valor e que dependem do crédito. “Não podemos esquecer que nos primeiros três meses do ano existem compromissos inevitáveis para a maioria das pessoas”, disse o vice-presidente da Acim ao lembrar dos compromissos como: Imposto de Renda, além das dívidas decorrentes das compras de final de ano, IPVA, material escolar, as férias de janeiro e carnaval em fevereiro.

Os economistas apontam que o desempenho do comércio é diretamente ligado à massa salarial, que teve redução desde o final de 2008, quando mais de 650 mil pessoas perderam o emprego, o que explica diretamente o baixo desempenho das vendas no primeiro trimestre deste ano. Os subsetores de serviços que dependem da massa salarial, como comércio (-6%) e transporte, armazenagem e correio (-5,6%) tiveram queda. O importante é que a queda do PIB veio menor do que a anterior, quando ficou em -3,6%. “Sinal de desaceleração da queda, o que anima para os meses seguintes”, acrescentou Mauro Celso Rosa que espera melhora gradativa a partir do segundo semestre deste ano.