Título: OAB mobiliza advogados contra PLC
 
Carlos Mattos apóia movimento da OAB Nacional e vai conversar com Ministro sobre a PLC 125
 
O presidente da 31ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Marília, Carlos Mattos, está reforçando o pedido do presidente nacional da OAB, Cezar Britto, que está orientando os cerca de 700 mil advogados inscritos na OAB em todo o País a enviarem e-mails para a Casa Civil da Presidência da República (endereço: casacivil@planalto.gov.br) solicitando ao presidente da República o veto parcial ao projeto de lei complementar (PLC) nº 125, que dá nova regulamentação ao Mandado de Segurança e cria a exigência do depósito recursal prévio para concessão de liminares. “Precisamos mostrar a nossa contrariedade, e demonstrar que toda a classe está acompanhando o andamento desta lei incoerente”, disse Carlos Mattos.

O presidente Cezar Britto exortou os advogados brasileiros a cobrarem do presidente da República o veto ao PLC, por considerar que condicionante da prestação de garantia para a concessão de liminares “amesquinha” a amplitude constitucional do Mandado de Segurança. O presidente nacional da OAB encaminhou também esta semana, ao presidente Lula, à ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e ao advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, requerimento cobrando o veto ao PLC 125.

Carlos Mattos explica que no entendimento da OAB, o veto deve recair em três pontos, sendo o primeiro ao artigo 7º, III, e parágrafo segundo do artigo 22, dispositivos que condicionam a concessão de liminares em Mandado de Segurança à prestação de garantia, na forma de depósito prévio. O segundo ponto proposto pela OAB é o veto ao dispositivo que proíbe liminares em favor de servidores público, no que diz respeito a matéria remuneratória; o terceiro se refere à parte do projeto que veda a concessão de honorários advocatícios.

Por ser amigo pessoal do advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, que é natural de Marília, Carlos Mattos pretende encaminhar um documento neste sentido de forma pessoal, e assim que tiver a oportunidade, de conversar pessoalmente com o ministro. “Vou tentar falar com ele, pois, a OAB entende que esta PLC não é viável para a sociedade”, comentou o presidente mariliense que considera oportuno discutir o tema e saber qual a opinião do ministro de Marília. “Para a categoria dos advogados não é viável”, afirmou.

Da mesma forma, o presidente da Comissão Nacional de Legislação do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, defendeu o veto ao PLS 125, observando que a nova redação dada por ele ao instituto do Mandado de Segurança “é elitista e prejudicial à advocacia, ferindo o direito de defesa do cidadão”. Para o jurista, que é também conselheiro federal da OAB, ao instituir a obrigatoriedade do deposito recursal prévio para concessão de liminares em MS, o projeto de lei “cria um apartheid no Judiciário, entre ricos e pobres, o que significa que o legislador estará amesquinhando o status constitucional que o mandado de segurança, instituído em 1932, possui desde 1934”.