Título: Engenharia Clínica baixa custo de equipamentos médicos
 
Alessandro Zamperline Jorge é o engenheiro clínico da Santa Casa de Marília
 
A Santa Casa de Marília vem adotando nos últimos anos um trabalho específico quanto a utilização e manutenção de equipamentos médicos disponíveis em diversos setores do hospital mariliense. Por ser a saúde amplamente dependente de aparelhos dos mais diversos, a criação do setor de Engenharia Clínica na Santa Casa de Marília vem conseguindo diminuir os custos com manutenção, bem como auxiliando na aquisição de máquinas mais específicas para determinados procedimentos médicos. “A informatização e tecnologia na área da saúde evoluem diariamente”, admitiu o provedor da Santa Casa de Marília, o empresário Milton Tédde que considera importante este acompanhamento tecnológico na prestação do serviço hospitalar.

Há três anos o engenheiro Alessandro Zamperlini Jorge vem sendo o responsável pela Engenharia Clínica do hospital mariliense, tendo um ofício dos mais complexos: auxiliar os operadores dos equipamentos a utilizarem corretamente a máquina. “Além de promover a manutenção preventiva, estudos os manuais e ajudo a repassar esse conhecimento à pessoa que irá utilizar a máquina”, comentou o engenheiro que considera fundamental o cuidado específico com todos os equipamentos. “Nossos equipamentos raramente quebram”, afirmou ao lembrar que somente em 2007 foram seis equipamentos que quebraram, e até o momento isso não aconteceu mais.

O setor de Engenharia Clínica tem planejado três fases importantes de adaptação no hospital. A primeira é a questão de catalogação dos equipamentos, aferição e medição de todos eles; A segunda visa investimentos dos mais variados enquanto que a terceira fase contempla a qualificação e certificação do trabalho realizado. “A segunda e terceira fases são as mais demoradas”, admitiu Alessandro Zamperline Jorge que já concluiu a primeira etapa. “Podemos economizar até 70% com equipamentos, se as máquinas forem utilizadas corretamente e a manutenção preventiva for freqüente”, garante ao mensurar custos com mão de obra e o tempo que a máquina fica parada, quando quebra.

Hospitais de grande porte contam com este tipo de trabalho específico, pois além de cuidar das máquinas existentes, o engenheiro clínico auxilia no processo de aquisição de equipamentos especificamente necessários, com durabilidade no uso e simplicidade no manuseio. “Fazemos o levantamento necessário e indicamos para a administração qual o equipamento que irá resolver o problema, dentro da realidade do hospital”, comentou ao perceber a colaboração de médicos e enfermeiros neste sentido. “Eles são a base deste trabalho, porque são diretamente ligados a esta questão”, elogiou o profissional que ressaltou a importância da profissionalização administrativa neste sentido, como sendo outro fator positivo na economia com a manutenção e compra de equipamentos. “A compreensão da direção do hospital é rápida e específica”, falou.