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O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, recebeu com tristeza pesquisa desenvolvida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que aponta a crise global como um dos motivos da redução de postos de trabalho formal no setor agrícola. “Isso não é bom”, disse o dirigente ao observar uma redução superior a 43% na geração de novos postos de trabalho no setor rural no primeiro semestre deste ano, na comparação com os mesmos períodos de 2008 e 2007. “Todos perdem com isso, em virtude de que sem o trabalho do homem do campo toda a economia sofre”, disse ao ressaltar a opinião de que a solução para a crise econômica e social está no investimento na fixação do homem no campo. Segundo o estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no acumulado de janeiro a junho, foram criados 128.874 postos de trabalho à economia rural. Em 2008, o setor gerou 227.030 novas vagas; em 2007, foram 238.437 novos empregos. “Da forma como estamos indo, vão começar aparecer os efeitos negativos da crise sobre o mercado de trabalho brasileiro de uma forma geral”, disse Yoshimi Shintaku, que ao observar este detalhe, lamenta a saída do homem do campo para os centros urbanos. “Vão começar os problemas sociais”, apontou. Observando algumas reportagens da mídia nacional, o presidente do Sindicato Rural de Marília vê que o diagnóstico da Contag aponta alguns problemas que devem ser superados pelos trabalhadores, como a predominância do sexo masculino no trabalho assalariado rural e a tendência de substituição de trabalhadores de idade mais avançada por empregados mais jovens. Mais de 54% das demissões ocorreram com trabalhadores com 30 anos ou mais. “Isto causa um problema dentro das famílias em que os conflitos passam a ser mais delicados”, prevê o experiente agricultor. “A escolaridade é cada vez mais necessária para melhores oportunidades no mercado de trabalho, mesmo sendo na área rural”, disse em tom de preocupação. “Mas isso está deixando de ser um obstáculo”, falou. “Até mesmo aqueles que estão alfabetizados, na escola, ou completaram os estudos estão encontrando dificuldades em ajudar na renda familiar”, disse. O salário dos admitidos no semestre, na média dos setores da agropecuária, foi 6,8% inferior ao verificado no caso dos trabalhadores demitidos, mostra a pesquisa. A avaliação dos técnicos é que o diagnóstico aponta para a necessidade de garantir a política de valorização do salário mínimo, redução da taxa básica de juros, além de políticas seletivas de desoneração tributária, apoio à agricultura familiar e contrapartidas sociais na concessão de financiamento públicos. “Discurso que já vem sendo dito há anos”, recordou Yoshimi Shintaku. Em termos regionais, nos seis primeiros meses de 2009, o Sudeste e o Centro-Oeste foram os principais responsáveis pela geração líquida de postos de trabalho. Foram as únicas regiões a apresentar saldos positivos no conjunto do setor agropecuário. “Mas ainda insuficientes”, acrescentou o dirigente mariliense. |
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