Título: Cai volume de setembro. Aumenta no ano, diz Conselho
 
O café foi menos exportado em setembro do que em 2008. No ano, continua em alta
 
O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, considerou normal a queda no volume de exportação do café no mês de setembro, conforme os dados divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que apontaram uma receita de US$ 385 milhões, relativas à 2.633.242 sacas de café. “Não tenho dúvida alguma que isso é reflexo da crise mundial que afetou e sempre afetará as negociações agropecuárias”, afirmou o dirigente, preocupado com as conseqüências, pois, todo e qualquer produto agrícola, nos dias de hoje, atende o mercado internacional. “Se existe um setor que é atingido com qualquer nervosismo econômico internacional, é o agronegócio”, afirmou Yoshimi Shintaku.

Apesar da queda do volume exportado em setembro, de 12,2% menor que o mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 2.998.811 sacas, a situação não é toda ruim. “Não tenho certeza se os números de outubro serão melhores”, disse em tom de dúvidas o sindicalista que percebe a retraída do mercado na região de Marília. “Recentemente, conversando com produtores de café, percebi que todos estão preocupados”, falou ao demonstrar preocupação, também. “A incerteza com o dólar, a taxação do dinheiro estrangeiro e ainda as conseqüências do mercado econômico mundial, tudo isso repercute nas exportações de café”, explicou.

Se o mês de setembro não foi bom, o acumulado do ano foi positivo. O país exportou 22.290.951 sacas, para uma receita de US$ 3 bilhões – contra 20.235.029 sacas entre janeiro e setembro de 2008, uma diferença positiva de 10%. Os dados do Cecafé referem-se, principalmente, ao café tipo arábica que foi o responsável por 87% das vendas, seguido do solúvel, com 9%, e do robusta, com 4%. Os principais mercados compradores do produto brasileiro nesse mesmo período foram Europa (com 55%), América do Norte (com 21%), e Ásia (com 17%).

O balanço do Cecafé aponta que os principais portos de embarque do produto continuam sendo Santos, com uma participação de 72,5% do total embarcado; Vitória, com 15,3% dos embarques; e Rio de Janeiro, com 9%. Os principais países compradores do nosso café no acumulado do ano foram a Alemanha (4,3 milhões de sacas), Estados Unidos (4,2 milhões de sacas), Itália (1,8 milhões de sacas), Japão (1,6 milhão de sacas) e Bélgica (1,5 milhão de sacas). No acumulado dos últimos 12 meses o Brasil vendeu 31.555.012 sacas de café, para uma receita de US$ 4,5 bilhões.