Título: Arrecadação de tributos atinge R$ 100 bilhões, diz Acim
 
Mauro Celso Rosa, vice-presidente da Acim, chama a atenção para os números do Impostômetro
 
O vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Mauro Celso Rosa, comentou os últimos dados do Impostômetro, criado pela Associação Comercial de São Paulo, que atingiu a marca de R$ 100 bilhões antes do tempo previsto, em igual período dos anos anteriores. “O que demonstra que o Governo Federal está mais ágil na arrecadação”, disse dirigente mariliense ao chamar a atenção para as cifras. O total de impostos pagos pelos brasileiros em 2010 chegou a R$ 100 bilhões na manhã da última sexta-feira (dia 29), quatro dias antes da marca ter sido atingida em 2008 e 2009. O Impostômetro foi criado para mostrar a soma que abrange a arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais. O Impostômetro pode ser consultado na internet no endereço www.impostometro.com.br.

Para Mauro Celso Rosa é bem provável que até o final do ano novo recorde seja atingido quanto a arrecadação de impostos, pois, até então, o impostômetro marcava R$ 107,5 bilhões de janeiro até ao meio dia de domingo, dia 31. Em 2005, a marca de R$ 100 bilhões só havia sido alcançada no dia 18 de fevereiro. “Os meios de arrecadação estão cada vez mais eficientes, além do comportamento empresarial e os meios de monitoramento por parte da Receita Federal”, justificou o dirigente ao considerar elevada a quantia até então arrecadada.
Os principais tributos que incidem sobre o consumo são o Programa para a Integração Social (Pis), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – esses três são federais –, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – que é estadual – e o Imposto sobre Serviços (ISS) – municipal. “A elevação da carga tributária continua exagerada, tanto que nem com a isenção do IPI em alguns produtos, fez com que os valores arrecadados diminuíssem”, lembrou o vice-presidente da Acim sobre os eletroeletrônicos da linha branca e os automóveis.

Outro estudo que dá aval àquilo que as famílias de baixa renda experimentam no bolso foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008. De acordo com esse levantamento, famílias que ganham até dois salários mínimos comprometem 48,9% dos rendimentos com o pagamento de impostos. Já aquelas que vivem com mais de 30 salários vêem o leão abocanhar 26,3% da renda. O estudo do IBGE considera todos os tributos, não apenas os que recaem sobre o consumo.