Título: Chuva prejudica colheita e aumenta doenças
 
Chuvas prejudicam a agricultura. Excesso causa danos para colher e para produzir
 
O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, demonstrou preocupação com o excesso de chuva na região. A grande quantidade de água acumulada vem prejudicando os proprietários rurais com dificuldades na colheita e no aumento de doenças originárias da umidade. “As chuvas acima da média, nos últimos dias, vem atrasando a colheita da soja, por exemplo, e comprometendo a dessecação da lavoura para plantar o milho safrinha”, falou o ruralista mariliense. “Sem dúvida alguma existe a preocupação de perdas nas lavouras, caso as chuvas continuem intensas nos próximos dias”, frisou em tom de preocupação.

O excesso de umidade do solo, que impede as atividades agrícolas, dificulta a circulação das máquinas, sob pena de compactação do solo, e os tratamentos fitossanitários também não podem ser efetuados. A colheita fica prejudicada e a qualidade do produto é menor. A maioria dos produtores da região já começou a colher a soja e agora a expectativa é que a chuva dê uma trégua para que o trabalho continue no campo. “O período de colheita segue até o final deste mês e meado de março”, apontou Shintaku.

Além do excesso de chuva que atrasa a colheita, outra preocupação dos produtores é com o avanço da ferrugem asiática. A umidade da planta facilita o aparecimento dos focos. Em Dourados (MS), segundo dados do Consórcio Antiferrugem, são 45 focos encontrados nas lavouras do município até agora. “A ferrugem asiática está presente em quase todas as áreas de soja por causa do excesso de chuva”, acredita Yoshimi Shintaku. A ferrugem é uma doença causada por um fungo que pode provocar grande dano às lavouras da soja, no entanto, de acordo com especialistas, se o produtor fizer o monitoramento constante e pulverização do fungicida corretamente, evita perdas.

PRODUÇÃO - A produção nacional de grãos, da safra 2009/10, foi projetada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) em 143,09 milhões de toneladas. O resultado, de acordo com o quinto levantamento, é o segundo melhor da história e 5,9% superior as 135,13 milhões de toneladas da última temporada, ou 1,2% a mais que o do mês passado (141,35 milhões de toneladas). O recorde da produção é do ciclo 2007/08, que foi de 144,1 milhões de toneladas.