Título: Acim destaca preocupação com o surto e prejuízo no comércio
 
Acim distribui cheque-list para que comerciantes, comerciários e consumidores combatam a proliferação da dengue
 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho, está muito preocupado com o surto de Dengue na cidade e as possíveis conseqüências do que isto pode proporcionar para o comércio da cidade. “É um assunto sério que merece cuidado e atenção”, disse em tom de preocupação ao tomar conhecimento dos crescentes números sobre a doença em Marília e região, e o possível descontrole que pode causar danos irreparáveis para a economia local. “Havendo o surto as pessoas deixam de sair de casa, deixam de ir as compras enfraquecendo o comércio”, falou. “Sem contar o fato que as lojas podem ser lacradas se for constatada a doença ali”, alertou.

Com a confirmação de 110 registros na cidade de Marília, e 11 resultados positivos de exames de dengue do Instituto Adolfo Lutz, sendo todos casos autóctones, ou seja, em que os pacientes foram contaminados in loco (na cidade), aumenta a preocupação da diretoria da Acim sendo o bairro Alto Cafezal, no centro da cidade, com dois casos confirmados, dos 11 registrados. Durante todo o ano foram registrados 133 casos de dengue na cidade sendo 110 autóctones. Sete deles são casos de pessoas que se contaminaram em outra cidade, não morando em Marília, recebendo apenas o atendimento médico. “Isto quer dizer que qualquer pessoa contaminada que venha de outra cidade em nosso comércio, pode correr o risco de transmitir a doença”, alertou Sérgio Lopes Sobrinho ao chamar a atenção dos empresários da cidade.
Outros 16 casos foram importados, ou seja, a vítima se contaminou em outro município e retornou para Marília. “O risco existe de todas as maneiras”, falou.

Outra preocupação do presidente da Acim, além da contaminação, é o fato de que comerciários são vítimas da doença e naturalmente uma vez constatado o contágio, o funcionário ficará de licença e corre o risco de contaminar os demais, que irão licenciar-se futuramente.
Além disso, o comércio é considerado ponto de convergência, quando reúne concentrações de pessoas de diversas regiões, aumentando a proliferação. Outro ponto preocupante é que o mosquito pode nascer no próprio estabelecimento comercial, se não houver a limpeza constante e a atenção de todos contra os nascedouros e as presenças do mosquito. “Na verdade o comércio é mais vítima do surto do que qualquer outro ponto, havendo a atenção redobrada”, comentou preocupado, pois, se houver fama de que as pessoas que compram no comércio de Marília estão sendo contaminadas, a cidade perderá com a queda no número de consumidores. “Será um efeito desencadeador de problemas”, prevê o dirigente.

Um cheque-list está sendo distribuído pela Acim aos comerciantes da cidade com o propósito de que comerciantes, comerciários e consumidores façam uma série de verificações sobre o combate contra o mosquito da dengue. São 11 ações simples que eliminam a possibilidade da proliferação da dengue na cidade de um modo geral. “Quem fizer as orientações da lista estará fazendo um bem para si, para a própria família e para a comunidade em geral”, defendeu o dirigente que tem observado cidades com o porte de Marília tendo 5, 9 e 11 mil casos de dengue e passando por situações complicadas economicamente. “É o tipo da informação que ninguém quer mostrar, para não assustar a população”, justificou.