Título: Dirigente pede cautela sobre proibição para estrangeiros
 
Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo, pede cautela no debate sobre os proprietários estrangeiros de terras
 
O diretor executivo do Sindicato Rural de Marília, Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo fortaleceu a avaliação de diversos representantes de classe que avaliaram o projeto que proíbe a aquisição de propriedades por investidores estrangeiros. “Penso que é preciso ter muito cuidado neste sentido”, disse o dirigente mariliense ao comentar sobre a proposta do governo de proibir a compra de terras brasileiras por estrangeiros. “A lei deve proteger o proprietário brasileiro a partir de agora”, disse o diretor executivo formado em Direito. “Quem é estrangeiro e é proprietário rural, deve ser mantido”, comentou. “A partir de agora a Lei deve proteger as terras brasileira”, completou. “Não é justo mudar a regra agora”, acrescentou.

O controle às terras brasileiras vem sendo defendida por diversas entidades, inclusive pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). “O debate entre os dirigentes, lideranças rurais e dos próprios políticos deve ser ampliada”, comentou Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo. “Não podemos permitir que aconteça, o que existe hoje no Uruguai em que 20% das terras uruguaios são de estrangeiros”, exemplificou o dirigente mariliense ao tomar conhecimento sobre o assunto. “Os ruralistas brasileiros devem se mobilizar neste sentido junto ao Congresso Nacional”, sugeriu o diretor executivo do Sindicato Rural de Marília.

Dentro do debate criado, Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo vai mais além. “Talvez a eficácia da proposta não seja percebida”, comentou ao dizer que mesmo não vendendo para estrangeiros, serão feitas parcerias como arrendamentos, por exemplo, em que a proibição não resolverá a situação do setor. “É preciso haver política pública em benefício dos produtores rurais, para que eles se sintam estimulados para produzirem ao invés de arrendarem a terra”, opinou de forma contundente. Hoje, 50% da área de soja em Mato Grosso são de terras arrendadas.

Para Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo o assunto exige cautela, principalmente quando se fala em fundos de investimentos estrangeiros, que têm arrendamentos e dinheiro alocados em terras brasileiras e que naturalmente com a lei em vigor, vão se posicionar de forma diferente. “Isso pode causar mudanças de mercado”, alertou ao lembrar das usinas e as lavouras de soja. “O assunto não pode gerar insegurança jurídica e o Governo precisa ser transparente neste sentido”, falou o diretor do Sindicato Rural de Marília.