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Cai o preço do leite em julho com tendências a novas quedas O presidente do Sindicato Rural de Marília, Yoshimi Shintaku, considerou preocupante a queda do preço do leite no mês de julho e a tendência de mais quedas para os próximos. Preocupante, segundo ele, porque isso reflete diretamente na receita do produtor rural e pode causar desânimo na produção leiteira. “Para a população isso pode ser uma armadilha, porque se faltar o leite o preço subirá assustadoramente”, comentou ao verificar dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que aponta queda em julho (referente à produção entregue em junho) de 6,16% em relação ao mês anterior, para uma média de R$ 0,7242/litro no país. Esta situação não é normal, segundo o ruralista mariliense, pois, na entressafra (época de seca/inverno) o preço pago ao produtor tende a subir, por conta do aumento do custo da produção, pela falta de alimentos, e da queda de produtividade das vacas. “Desta vez foi o contrário”, observou ao lembrar que para produzir leite na seca, quando os pastos estão ressecados e maduros, é necessário a suplementação das vacas com ração, como forma de concentrado, e silagem como volumoso. “Essas tecnologias envolvem custos altos para o produtor, mas não sendo empregadas pela maioria”, comentou. “Isto reflete na quantidade de leite produzido, que de um modo geral tende a cair no período”, lembrou. “Diante desta situação a tendência dos preços do leite pago ao produtor é de ser maior”, disse. Segundo os dados do Cepea pelo menos dois fatores contribuem para o recuo dos preços, sendo um deles o aumento da importação de leite em pó de países do Mercosul, como Argentina, Chile e Uruguai. Para tentar reverter esse quadro, a CNA está atuando junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no sentido de controlar a importação de leite em pó. Outro fator que chama atenção e pode influenciar na redução nos preços pagos ao produtor é a queda no consumo do leite longa vida, que representa 75% do mercado de leite fluído do país. De acordo com Yoshimi Shintaku para estimular a compra, a indústria foi obrigada a baixar o preço de venda no varejo, prejudicando os produtores, que no início do ano tinham uma perspectiva otimista em relação à produção do leite. “Normalmente é na entressafra que o produtor consegue recuperar o capital e se preparar para manter a produção no período de chuvas (safra), quando historicamente os preços são mais baixos”, lamentou o dirigente que acredita na possibilidade de haver problema na estocagem do produto. # |
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