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O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho, ficou alarmado com a pesquisa da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), que mostra o fato das empresas serem obrigadas a arcar com custos para atender exigências legais. “A população trabalha mais de dois meses ao ano para pagar impostos”, disse o dirigente mostrando indignação. “É preciso achar uma forma de não onerar tanto os contribuintes”, reclamou ao verificar que as exigências impostas pela burocracia governamental acabam fazendo com que as empresas sejam forçadas a destinar recursos e mão de obra com a finalidade exclusiva de cumprir essas obrigações. Este assunto foi objeto de uma pesquisa divulgada Amcham Brasil. De acordo com o levantamento, 91% das empresas dizem enfrentar entraves burocráticos que retardam a concretização dos seus negócios. Além disso, 25% das companhias consultadas afirmaram ser necessário dispor de uma equipe de até cinco pessoas para dar conta das rotinas burocráticas, considerando prestadores de serviço e despachantes. Sem ter de arcar com as despesas geradas com funcionários, profissionais terceirizados e emissão de documentos, entre outras atividades, as empresas acreditam que poderiam ter consideráveis ganhos. Para 17% dos entrevistados, o lucro dos negócios teria um acréscimo que ficaria entre R$ 50 mil e R$ 100 mil por ano. “A arrecadação de impostos do governo cresce, mas o montante nunca cobre o aumento dos gastos”, reclamou o presidente da Acim. SITUAÇÃO – No Brasil são necessárias 2,6 mil horas por ano para que todas as tarefas sejam feitas. Na China, são 504 horas, e na Alemanha, 196. As exigências documentais estão em primeiro lugar nas preocupações dos entrevistados, atingindo 43% dos pesquisados. Logo depois vêm as exigências procedimentais, com 39%, e as relacionadas a operações imobiliárias (como a emissão de certidões e atestados em cartórios, por exemplo), com 10%. A maioria dos consultados (67%) analisa que esses entraves têm origem nas regras e exigências federais; para 20%, o problema é causado por normas estaduais. A fim de agilizar esses processos, 89% das empresas afirmaram investir em tecnologia. A questão do controle exercido pelo governo por meio de regras burocráticas também foi analisado. Para 58% dos pesquisados, ele é excessivo. Desse total, 77% consideram que isso é intencional - seria uma forma dos governantes exercerem poder. A necessidade de se intensificar as relações com o governo, fiscalizando e dando sugestões aos poderes Executivo e Legislativo, foi lembrada por 46% dos entrevistados. Outros 3% ressaltaram que se deve exercer pressão sobre parlamentares. O levantamento foi feito pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e consultou 211 empresas. # |
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