Título: Marília sedia curso hospitalar pela Fehosp
 
Evento em Marília reúne centenas de profissionais hospitalares na área da humanização
 
A cidade de Marília sediou esta semana no Quality Hotel Sun Valley, Curso: Humanização Hospitalar – O grande desafio, promovido pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), quando aproximadamente 200 representantes de hospitais de Marília e região estiveram presentes no evento que contou com a participação de Lúcia Helena dos Santos Cordeiro, mestre em administração, educação e comunicação. “Foi um evento importante, principalmente para a Santa Casa de Marília que busca a excelência no trabalho humanizado dentro e fora do hospital”, disse a superintendente da Santa Casa de Marília, Katia Ferraz Santana ao comentar a presença do hospital local neste evento.

Dividindo em duas etapas, o curso foi realizado durante todo o dia, sendo que no período da manhã foi realizada uma etapa mais conceitual, enquanto que no período da tarde o evento buscou mais o lado emocional e prático. “Hospitalidade é a superação de preconceitos, pressupõe amorosidade no trato, generosidade, abertura de coração, sensibilidade pela fragilidade do outro”, explicou a especialista. “Ser hospitaleiro é o atributo principal daqueles que optaram por dedicar a vida para ambientes hospitalares”, ensinou ao desafiar os participantes sobre este atributo. “Portanto, o hospital como símbolo de hospitalidade deve abrir-se para o acolhimento, para o servir ao outro com ânimo, isto é, de forma calorosa e amorosa”, disse. “Humanização hospitalar só vem de gente”, frisou ao relacionar humanização com ação humana. “O hospital é onde se pratica a hospitalidade”, comparou. “Há hospitais com ambientes: técnica e tecnologicamente perfeitos, mas sem alma e ternuras humanas”, falou. “Ninguém vai a um hospital por prazer. Por isso é preciso buscar minimizar a dor e a preservação da vida”, ensinou.

Para Lúcia Helena dos Santos Cordeiro é preciso que médico e enfermeiros vejam que é a pessoa doente que deve ser o foco de atenção e não somente a enfermidade. “É preciso deixar de pensar e falar do doente como se fosse um mero objeto de cuidados terapêuticos, um número sem nome... É preciso tratá-lo como ser humano”, defendeu a especialista em humanização. Em 2003 o Ministério da Saúde cria a Política Nacional de Humanização Hospitalar, quando todos os atores do ambiente hospitalar deveriam, segundo a palestrante, exercitá-lo. “As pesquisas de satisfação realizadas nos hospitais continuam apontando “trato desumano” pela maioria dos profissionais”, argumentou ao defender a transformação do comportamento dos que atuam nos hospitais.

Na opinião da superintendente da Santa Casa de Marília, o hospital mariliense já iniciou o processo de humanização há muito tempo, quando passou a desenvolver programas que promovessem esforços para que o cliente-paciente percebesse um diferencial. “Isso já é percebido na Santa Casa”, disse a dirigente ao lembrar de que muitos aspectos da Santa Casa diferenciam a imagem de um hospital comum. “Felizmente na Santa Casa existe uma empatia entre médicos, enfermeiros e funcionários, em que todos se preocupam com o afeto, atenção e solidariedade”, disse ao elogiar o evento que contou com vários participantes da Santa Casa de Marília.
#