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João Carlos, 40 anos, infartado, depõe: - Tem que cuidar da cabeça, até mesmo antes que do corpo! Acho que foi o estresse que determinou meu infarto!...
O coração simboliza o sentimento humano, é o templo das nossas emoções.
O coração parece ser o centro, embora saibamos da importância de todos os órgãos do corpo. Mas como ele representa nossos sentimentos, pensamos ser ele o órgão mais importante. Quando sofremos, o coração dói, fica partido! Quando ficamos alegres o coração pula de alegria!
Situações estressantes são comuns em nossas vidas, e o que fará diferença é a forma como encarar o tal estresse. E quando a situação estressante permanece? E o indivíduo acredita estar sem saída? Como se lida com o estresse?
Pergunta difícil sem resposta precisa!
Se a mente vai bem, sofremos menos, pois, temos condição de pensar a respeito das mesmas situações e reagirmos a elas de forma mais adequada no sentido de resolvê-las. Se a mente não ajudar, diante de situações estressantes poderão ocorrer vivências de desespero, angústia de morte e pode ser “que o coração não agüente”. Nesses momentos um infarto poderá ocorrer. Situações em que o indivíduo acredita estar “sem saída” são descritas em momentos que antecedem um infarto.
Cuidar do coração também diz respeito a cuidar das emoções, daquelas que nos fazem sentir bem, queridos, cuidados.
Estamos falando então de cuidar dos relacionamentos que travamos, para que esses possam nos proporcionar bons momentos. Tanto o relacionamento consigo e das exigências que fazemos a si próprios, como dos relacionamentos com o outro na nossa vida (seja companheiro/a, amigo, parente, filhos, pais ou colega de trabalho).
Cuidar de ter tempo pra descansar, pra se divertir, pra passar algum tempo que quando acaba dizemos: - Nossa já acabou, passou tão rápido, estava tão bom... nem pensei em nada!
Sabemos o quanto é bom ter alguém por perto que nos acalente nos momentos difíceis, aquecer o estômago com algo que alguém (pode ser a própria pessoa) preparou com carinho, receber um afago de uma mão carinhosa, deitar no colo de alguém que simplesmente nos dê colo, ter alguém pra nos escutar, e que se for falar que nos diga palavras caridosas. Já sabemos que a vida é dura. Então por que não darmos ao nosso coração carinhos que ele merece?
Cássia Assef, é psicóloga da Santa Casa de Marília
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