Título: Lideranças são contra taxação e querem explicações
 
Reunião na sede da Acim discutiu os problemas da medida da Prefeitura e quer explicações sobre a razões da taxação
 
Reunião realizada na sede da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), entre o presidente da entidade, Sérgio Lopes Sobrinho; o diretor adjunto do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP-Alta Paulista), Flávio Peres; e da Associação das Indústrias de Alimento de Marília (Adima), José Geraldo Garla, concluiu que a taxa do lixo, imposta pela Prefeitura de Marília, mais o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), são abusivos e que servirão de desestímulo para atuais e novas empresas de Marília. “Precisamos encontrar formas de atrair empresas e não afugentá-las”, disse Sérgio Lopes Sobrinho que está procurando dialogar com a Prefeitura de Marília para entender esta situação constrangedora para a classe produtiva. “Gostaria de ouvir os argumentos do Prefeito Bulgareli sobre este assunto”, falou ao tentar por diversas vezes marcar um encontro neste sentido.

De acordo com as lideranças do comércio e da indústria de Marília, iniciativas como esta fazem com que empreendedores deixem de investir na cidade. “Já não é fácil conseguir trazer uma empresa para Marília, em razão das enormes facilidades que outras cidades oferecem e que aqui não acontece”, disse Derci Comandini, da diretoria da Adima, presente no encontro. “Tenho conhecimento de diversas empresas de alimento que descartaram vir para Marília, por falta de estímulo e de encontrar mais facilidades de instalação em outras cidades”, falou ao mostrar-se preocupado com a situação.

Na opinião de Flávio Peres esse tipo de situação necessita de maior diálogo, debate e até reflexão de ambos os lados. “O Poder Público precisa aprender a conversar com a classe produtiva”, reclamou o dirigente. “Não é uma questão de ser contra ou a favor e sim de ser viável ou não”, argumentou o dirigente que tem recebido inúmeras reclamações neste sentido e precisa tomar uma posição. “É preciso saber o que levou a Prefeitura a tomar esta posição antipática, para compreender o que se passa”, falou ao apoiar um encontro com técnicos ou até com o próprio Prefeito Bulgareli para saber o que se passa. “Queremos ouvir, para saber o que fazer”, falou. “Do contrário seremos obrigados a ser contra, pois, não deixa de ser mais um entrave para o setor produtivo”, argumentou.

Para José Geraldo Garla mais uma vez o Poder Público Municipal toma uma iniciativa antipática, desagradando diversos setores da cidade por falta de diálogo e de saber ouvir. “Não entro no mérito da necessidade e sim da forma em que as situações são impostas”, falou. “Acredito que toda medida deve ser pensada, argumentada, dialogada e principalmente analisada em todos os aspectos, para depois tomar uma decisão”, disse ao lembrar das inúmeras idas e vindas de projetos por parte do Executivo sem efeito. “Isso desgasta o prefeito de forma gratuita”, reforçou ao desejar uma explicação plausível sobre a medida. “Vamos procurar ouvir o que o Poder Público Municipal tem a dizer sobre isso, para nós da classe produtiva que somos os mais afetados”, argumentou Sérgio Lopes Sobrinho. “Se não houver interesse do diálogo, o comércio e a indústria tomarão as medidas necessárias para proteger a classe produtiva da cidade”, prometeu o presidente da Acim que quer evitar mais constrangimentos de ambas as partes.
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