Título: CADASTRO POSITIVO - Dirigente da Acim aguarda início do programa
 
Sérgio Lopes Sobrinho e Daniel Alonso conversam sobre o Cadastro Positivo que deve ser sancionado este mês
 
O presidente do Conselho Consultivo da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Daniel Alonso, esteve reunido com o presidente da entidade, Sérgio Lopes Sobrinho, quando teve a oportunidade de conversar sobre o Cadastro Positivo, em que o consumidor que quiser fazer parte dele já pode assinar um termo de autorização em um birô de crédito desde o dia 18 de maio, quando o projeto foi aprovado pelo Senado Federal. “Mas este Cadastro Positivo é pouco conhecido pela população”, disse Daniel Alonso ao trocar deias com o presidente da diretoria. “Até profissionais do setor financeiro já disseram não ter muito conhecimento sobre o assunto”, comentou o dirigente da Acim.

De acordo com as pesquisas desenvolvidas sobre o Cadastro Positivo, uma percepção comum entre os entrevistados é a de que o programa pode diferenciar as pessoas e até mesmo comprometer a privacidade. “Ainda não ficou claro como será a condução dessas informações”, disse Sérgio Lopes Sobrinho ao concordar com o diretor da Acim sobre a pouca informação disponibilizada. “Por ser algo novo, nem todo mundo sabe como será o comportamento da utilização desta informação”, falou o presidente da Acim. “Tem gente que acha que é um ato indiscriminatório”, lembrou Daniel Alonso ao considerar estranho este pensamento. “Quem for bom pagador tem que ter alguma vantagem, daquele que não é”, comparou.

De acordo com os técnicos, o mercado pune demais o consumidor que teve um problema e deixou de pagar em dia no mês passado, mesmo sendo pontual nos últimos 30 anos, por exemplo. Com o Cadastro Positivo, a tendência é que o credor analise o histórico do consumidor. “Penso que o período em que foi bom pagador será levado em consideração”, disse Sérgio Lopes Sobrinho. “Além disso, o consumidor pode organizar as contas e voltar a ser bom pagador a qualquer momento”, acredita Daniel Alonso.

Ambos os dirigente acreditam que as pessoas usarão o Cadastro Positivo para a requisição de linhas de crédito. “Existe a questão da privacidade e também o caso do histórico”, lembrou Sérgio Lopes Sobrinho. “Mas aquele que pensa em financiamentos ou até mesmo qualquer atividade bancária, será beneficiado se for considerado bom pagador”, completou Daniel Alonso. “O consumidor pode, a cada quatro meses, verificar os nomes das empresas que acessaram seus dados”, lembrou o presidente da Acim. “A lei permite, inclusive, que o consumidor retire seu nome do cadastro a qualquer momento”, falou o presidente do Conselho Consultivo. O projeto do Cadastro Positivo aguarda a sanção da Presidente da República, Dilma Rousseff, que deve ocorrer ainda este mês.