Título: Títulos protestados sobem diz Acim
 
Sérgio Lopes Sobrinho observa elevação no número de títulos protestados
 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), analisou recente pesquisa que apresenta aumento no número de títulos protestados de empresas no Brasil que aumentou 7,6% entre janeiro e setembro deste ano na comparação com igual período do ano passado. “Isto demonstra uma preocupação com a inadimplência”, disse o dirigente mariliense. “Apesar de todo cuidado que o lojista possa ter, o protesto é sempre o último recurso”, comentou o presidente da Acim ao lembrar que normalmente o comerciante tenta por diversas formas receber o débito. “Quando não tem jeito, envia para protesto”, falou.

Na comparação entre os meses de setembro deste ano e de 2010, o crescimento de títulos protestados foi maior, na ordem de 10,6%. A região que teve mais ocorrência nos primeiros nove meses deste ano foi a Nordeste, com alta de 15,6% sobre igual período do ano passado. O valor médio dos títulos protestados em setembro nesta região foi de R$ 2.468, acima da média nacional de R$ 2.227. No Centro-Oeste, o incremento na quantidade de títulos protestados foi de 8,5% na mesma base de comparação. As regiões com menor percentual de títulos protestados foram Sudeste (6,6%), Sul (5,6%) e Norte (4,1%). No Sudeste, a quantidade de títulos protestados no mês de setembro foi 11% menor apenas em relação a agosto deste ano.
De acordo com o presidente da Acim não se deve esperar diminuição neste índice. “A tendência é aumentar, ainda mais com a aproximação do Natal, principal período de venda no comércio”, falou ao acreditar num crescimento dos números para os próximos meses. “Quando o comerciante não recebe, isso prejudica toda uma cadeia econômica”, disse Sérgio Lopes Sobrinho ao lembrar dos inúmeros compromissos que os lojistas assumem, dependendo das vendas. “São os impostos, os encargos, funcionários e principalmente fornecedores”, lamentou.

Esses números representam também, segundo Sérgio Lopes Sobrinho, que as condições do crédito não devem melhorar tão rapidamente. “Vivemos um cenário de aperto, com os bancos mais rigorosos na concessão, o que também contribui para o aumento da inadimplência das empresas”, opinou o dirigente que sugere cuidado ao vender, com melhorias na ficha cadastral e que se consulte sempre os dados do consumidor ou da empresa para evitar vendas vulneráveis. Apesar do maior rigor dos bancos, para o presidente da Acim, isto não muda apenas com os rumos da taxa Selic: o cenário internacional incerto pode levar a problemas de liquidez, o que faz com que as instituições mantenham o pé no freio.