Título: Comerciantes continuam alvo de quadrilha
 
Sérgio Lopes Sobrinho, mais uma vez, fica revoltado com a continuidade de golpe antigo
 
Comerciantes da cidade de Marília continuam sendo alvo de ação de uma especializada quadrilha que atua em todo o território nacional, com a emissão de cobranças bancárias ilegais, com o intuito de conseguir “pegar” algum comerciante desatento que efetue o pagamento sem saber do que se trata. “A ideia do bandido é confundir o comerciante para que ele pague a cobrança bancária e depois descubra que não havia necessidade de ter efetuado o pagamento”, disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho, que constantemente faz alerta neste sentido, por se tratar de um golpe antigo, mas que ainda continua pegando comerciantes desatentos. “É preciso ter muita atenção na hora de pagamento cobranças bancárias”, disse.

Desta vez foi um diretor da Acim vítima da tentativa do golpe. “Não é o primeiro e pelo visto nem será o último”, disse José Augusto Gomes, superintendente da Acim ao reforçar o pedido de atenção aos comerciantes da cidade de Marília, principalmente neste período em que os lojistas estão efetuando boa parte dos pagamentos, ainda na primeira quinzena do mês. “Ao receber uma cobrança bancária, na dúvida não faça o pagamento”, orientou o diretor da Acim que mensalmente recebe reclamação neste sentido, de diretores ou não da associação comercial. “Naturalmente os diretores estão sujeitos a isso também”, acrescentou lembrando que a própria Acim já recebeu esse tipo de cobrança ilegal.

De acordo com o presidente da Acim este tipo de golpe só teria fim, quando as instituições financeiras tivessem mais critérios para a abertura de contas e a autorização para as cobranças bancárias. “Certamente existe uma falha neste procedimento”, garante Sérgio Lopes Sobrinho que já foi orientado por advogados da Federação das Associações Comerciais (Facesp) que não é fácil encontrar os bandidos. “Se é tudo falso, como é que eles conseguem emitir a cobrança através de um banco qualquer?”, questiona o dirigente sem saber as razões. “Se houvesse um responsável por isso, ou se o banco fosse responsável pelo serviço que faz, certamente esse tipo de golpe não seria aplicado”, opinou.

Para José Augusto Gomes o comerciante deve ter em mãos o contrato que justifique a cobrança bancária, seja de quem for. “Sem vínculo, ou documento que comprove, não se deve pagar”, orientou. Na opinião de Sérgio Lopes Sobrinho, além de não se pagar, o comerciante deve efetuar um boletim de ocorrência, no mínimo por constrangimento, coação ou algo do gênero. “O que não pode é ficar por isso mesmo”, falou em tom de revolta.