Título: Pesquisa pede cautela diz dirigente da Acim
 
O futuro presidente da Acim analisa índices que apontam cautela. “Mas não queda”, disse Daniel Alonso
 
O presidente do Conselho Consultivo da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), e futuro presidente de diretoria, Daniel Alonso, mostrou-se cauteloso quanto ao consumo no mês de dezembro. “É o que indica o índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)”, disse o dirigente ao verificar a queda de 0,2% neste mês em relação ao mês anterior. “A taxa foi considerada estável pela instituição”, explicou. “Em novembro, o indicador subiu 0,3% comparado com outubro”, falou ao verificar a pesquisa.

De acordo com o dirigente da Acim o desempenho reforça a expectativa de crescimento do comércio varejista em torno de 5,8% nas vendas de Natal. “Em dezembro, a queda foi influenciada por resultados negativos em capitais das regiões Centro-Oeste, Norte e Sul”, comentou ao verificar os dados do material divulgado. Em relação a dezembro do ano passado, o ICF mostrou queda de 4,3% no último mês de 2011. “Nessa comparação, todos os índices relacionados ao consumo e ao crédito registraram patamares inferiores aos de dezembro de 2010”, comparou. Na avaliação da CNC, os bons resultados no mercado de trabalho têm impedido queda maior na confiança das famílias.

Daniel Alonso chama atenção para a aceleração da inflação no período, que corrói salários reais, impedindo crescimento mais robusto da renda, como ocorrido no ano passado. Para o futuro presidente da Acim a tendência é que o mercado de trabalho continue a manter a confiança das famílias em nível positivo. “Isso porque o ritmo mais fraco da economia, em comparação com o ano passado, não foi capaz de reverter o processo de abertura de novas vagas no mercado de trabalho”, opinou o dirigente atento aos números.

Mesmo assim ele acredita num crescimento no volume de vendas por entender que o Natal sempre estimula as compras. “Essa é a magia no Natal”, disse Daniel Alonso que mesmo vendo índices cautelosos tem a expectativa de crescimento nas vendas. “Não existe fórmula para medir isso, a não ser vendo consumidor nas ruas com pacotes e lojas lotadas e movimentadas”, comentou ao defender crescimento superior a 10% a igual período do ano passado. “Cautela não é sinônimo de queda”, frisou.