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Segundo analistas do setor, as estimativas de crescimento de produção para este ano variam de 4% a 7%, maiores do que a taxa de crescimento populacional e que as projeções crescimento da economia brasileira. Estes fatores podem resultar na geração de excedentes de produção. Para Yoshimi Shintaku, presidente do Sindicato Rural de Marília, as duas alternativas para equilibrar o mercado são: aumentar as exportações ou incrementar o consumo doméstico.
De acordo com dados divulgados pela Faesp (Federação da Agricultura do estado de São Paulo), para estimular o consumo interno depende-se de melhorias na distribuição de renda da população, o que é difícil de se pensar no curto prazo. “Além de que, pesquisas têm mostrado que a renda média dos assalariados brasileiros tem diminuído”, comentou o presidente. Diante do quadro atual, a alternativa mais lógica passa ser a de exportar mais, a fim de absorver o crescimento da produção e equilibrar o mercado.
Pelas informações disponibilizadas até agora, as exportações estão tendo um bom desempenho, segundo Yoshimi Shintaku que ao observar os dados da Faesp, o volume está acima das realizadas no ano anterior em 47,7%, considerando o mesmo trimestre. O fato negativo fica por conta dos preços médios de exportação, que estão quase 10% abaixo dos praticados em 2001. Como as exportações em 2001 ganharam ritmo somente a partir de julho, o desempenho das exportações nos próximos meses será importante para se avaliar o padrão neste ano e sua influência na formação dos preços.
