Título: Dirigente da Acim faz alerta sobre pagamentos
 
José Augusto Gomes e os cartões de débito: Crescem os pagamentos eletrônicos a vista
 
O superintendente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), José Augusto Gomes, considera oportuno destacar no comércio em geral, neste período em que o volume de vendas é crescente para o Natal de 2012, de que o meio de pagamento preferido pelo consumidor que vem crescendo na preferência é o cartão de débito. Segundo o dirigente, estudos neste sentido foram realizados por empresas especializadas no ramo, em que o consumidor demonstrou preferência quanto a utilização do papel-moeda por hábito e pela possibilidade de fazer um controle maior dos gastos. “Os cartões de débito, por outro lado, são considerados um meio simples e seguro para fazer compras”, alertou o dirigente da Acim.

A projeção das empresas de cartões é que a modalidade cresça até 2016. A expectativa é que, neste período, as transações com cartões de débito passem dos atuais R$ 200 bilhões para até R$ 493 bilhões. “Neste caso será necessário educar o consumidor, expandir a aceitação em estabelecimentos e o acesso do consumidor aos meios eletrônicos”, disse José Augusto Gomes. “Outra modalidade que entra no mercado é o cartão pré-pago, que dará acesso à população que não tem relacionamento bancário e creditício”, completou o superintendente da Acim.

Em relação aos cartões de crédito e de loja, o pagamento com a função débito foi o que mais avançou nos últimos cinco anos, com alta anual de 25%. O crescimento do cartão de débito ultrapassou o aumento do consumo privado, que foi de 12% entre 2006 e 2011. Já os pagamentos em dinheiro (papel-moeda), cheque e transferência bancária avançaram 9%. Apesar da evolução, o cartão de débito ocupa o segundo lugar com 34% das preferências dos consumidores, já que o principal meio de pagamento ainda é o dinheiro, usado por 48% dos pesquisados. A proporção de pessoas adeptas ao papel-moeda era maior, de 60%, em 2005, quando o débito era usado apenas por 26% dos entrevistados. Em 2010, uma pesquisa do Banco Central (BC), revelou que 72% dos brasileiros ainda usavam o dinheiro em espécie para fazer pagamentos.

Para o consumidor, o cartão de débito é um meio de pagamento simples (37%) e seguro (67%). Outra vantagem, apontada por 36% dos entrevistados, é a participação em promoções e sorteios e para 18%, em programa de milhagem. De acordo com a pesquisa, a maioria dos pagamentos com o débito se concentra na faixa de R$ 50 a R$ 100. Em compras abaixo de R$ 50, o dinheiro é mais utilizado. “A média do débito caiu de R$ 62 em 2005 para R$ 54 em 2011, o que mostra maior penetração do débito em transações de baixo valor, realizadas no dia a dia”, acredita José Augusto Gomes que faz o alerta para uma possível mudança na forma de parcelamento pelos cartões de crédito. “Os juros devem cair mais, mas não deve estimular o uso da função débito, que é adotado principalmente em transações abaixo de R$ 50, substituindo o dinheiro”, afirmou.

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