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Por mais de uma hora, a dirigente regional de ensino falou sobre a importância da alfabetização dentro dos limites da criança e principalmente ressaltando a necessidade dos pais estarem em alerta para observarem o comportamento de seus filhos. “Hoje uma criança entra na escola entre quatro e sete anos de idade com mais de cinco mil horas assistindo televisão”, disse ao chamar a atenção para a necessidade de rever os conceitos de alfabetização nas escolas e dentro das famílias. “Na evolução da alfabetização é que nós erramos”, disse a educadora com experiência de vida. “A criança se confunde em razão da diferença da regra da escola com a do dia-a-dia”, explicou.
Para Conceição Aparecida Maranho Gradis a evasão escola não se deve a repetência e sim a necessidade de mudanças de comportamento e conceitos educacionais. “Desde 1990 os alunos não repetem de ano, pois o que queremos é ocupa-las nas escolas”, falou a palestrante que novamente reforçou que a linguagem da criança está próxima da TV. “Não é possível uma criança não aprender algo em quatro anos de estudos iniciais, seja qual for a série que esteja estudando”, garante. “Todos nós somos responsáveis pela manutenção das crianças nas escolas”, apontou ao questionar: “O que a criança faz fora da escola?”.
Um detalhe que chamou atenção na palestra foi quando a dirigente regional de ensino enfatizou que falta aluno para as vagas existentes nas escolas. “É que normalmente a mãe quer que o aluno estude em determinadas escolas e não a mais próxima de onde residem”, justificou ao colocar a Regional de Ensino de Marília á disposição do Rotary Club Marília Pioneiro para qualquer campanha educacional. “Alfabetizar é uma tarefa difícil em todos os sentidos”, destacou a presidente Glória Miller ao lembrar os tempos em que foi professora e parabenizar a palestra pela desenvoltura no tema e a riqueza de informações prestadas ao clube. “É um assunto envolvente, principalmente apresentado de forma tão transparente”, acrescentou a presidente.
