Cerca de 12 horas depois de ter publicado sua nova obra na Internet, Cory Doctorow registrou mais de 10 mil cpias digitais feitas por leitores online. Quase cinco meses mais tarde, o site j teve mais de 110 mil downloads do livro de fico cientfica, com ttulo Down and Out in the Magic Kingdom.
Apesar da histria da Doctorow ilustrar o potencial dos livros eletrnicos, conhecidos como e-books, ela no reflete de forma precisa esse mercado. Os e-books, saudados nos estgios iniciais da Internet como uma alternativa eletrnica impresso convencional, falharam em substituir as pginas de papel, apesar da popularidade entre os fs de tecnologia.
Os vendedores (de e-books) iro dizer para voc que a adoo em massa ainda remota, disse o editor da BookTech, revista da indstria editorial, Rich Levin. Quando converso com leitores e editores, eles dizem que a tecnologia simplesmente no est pronta para o horrio nobre, disse ele.
As editoras continuaro cautelosas em lanar livros na Internet at que exista um mtodo eficiente para prevenir a cpia e a distribuio online irrestrita de material protegido por direitos autorais, disse Levin. Como resultado disso, h poucos e-books disponveis atualmente.
Outro problema que a existncia de padres de tecnologia diferentes restringe o tipo de arquivos digitais que os leitores podem usar, explicou o executivo. O papel vai continuar dominante como mdia para a maior parte dos ttulos que vamos ver no futuro.
Menos de 5% dos usurios de computadores leram ao menos um livro eletrnico no ano passado, disse o diretor de pesquisa da empresa de avaliao de consumo de tecnologia Envisioneering Group, Richard Doherty. Apesar de baixo, o percentual estava em 1% h cinco anos.
O grande momento do mercado de e-books foi em 2000, quando Stephen King, autor de ttulos best-seller de terror, lanou um livro na Internet em captulos. Os leitores online tinham que pagar US$ 1 por cada parte da histria.
Colaborao de Guilherme Mendona, gerente de negcios da Impact, empresa de assessoria a Internet de Marlia
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