A frase acima afirma que o homem no um ser absoluto com o universo girando ao seu redor. Que infeliz aquele que se julgar capaz de viver assim! Ao contrrio, todo ser humano que pautar a sua vida podendo usufruir de trocas de vivncias com seus mais prximos, ter simplificada sua caminhada, porque poder obter disso um repertrio mais preciso com estratgias necessrias e viveis para uma existncia bem sucedida. Por que eu iria tentar alternativas de atitudes que comprovadamente me levariam a insucessos?
Trabalhando com jovens em grupos de apoio, no raras vezes, ouvi jovens usurios de drogas dizendo ao chegarem ao Grupo de AE:
Eu paro quando eu quiser...
Meu dolo morreu de overdose porque no soube usar...
Essas afirmativas no cabem para quem participa de Grupos de Apoio.
realmente mais fcil fazer colocaes evasivas, manipulando situaes como se tudo fosse acontecer num futuro longnquo...
Se os participantes dos Grupos levarem a srio a sinceridade que condio necessria para uma participao autntica num grupo, sero cada um, a fonte de inspirao para os demais que, a partir do que ouvem nas reunies, iro decidir como querem planejar um novo modo de vida.
Nenhuma opinio de profissional, nenhum conselho de pai, mais incisivo que o depoimento sincero de algum sobre alguma experincia vivida. Da ser to imprescindvel refletirmos sobre a responsabilidade de uma participao autntica. Ao partilhar em um Grupo, no estou s abrindo meu corao e buscando ajuda para a soluo dos meus problemas, mas tambm estou sendo o SOS em que meu companheiro de Grupo poder se agarrar.
Atualmente temos notcias de incontveis grupos de apoio a pessoas compulsivas tais como fumantes, neurticos, jogadores, vtimas de estupros, etc...
O que faz com que tal tipo de alternativa de ajuda seja eficiente?
Alm da sinceridade, o sigilo, a cooperao, o colocar-se-no-lugar-do-outro, so os valores que faro das reunies de AE encontros que ao invs de fazerem o homem sentir-se como uma ilha, ele ser mais como o porto seguro onde todos vo abastecer-se para continuar a viagem.
Vera Porto, coordenadora de grupo de jovens de Campinas
Colaborao de Lucila Costa, coordenadora regional de AE em Marlia |
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