porta de uma escola qualquer, a hora da chegada das crianas com suas respectivas mes, quem carrega a mochila escolar? Na maioria das vezes a me.
Ajudar muito nobre e um gesto de amor, ao qual me nenhuma se furta. Mas preciso que o filho entenda que a me hipersolcita, est ajudando-o na sua obrigao de carregar a mochila para que ele no se deforme em folgado, enquanto a me se sufoca. Caso contrrio, vai se organizando uma falta de tica onde o respeito a quem o ajuda passa a no existir, e a responsabilidade sobre seus prprios compromissos a se diluir. Quem no respeita a sua prpria me, no tem porque respeitar outras pessoas; pais, professores, autoridades sociais ou qualquer ser vivente, seja mendigo ou ndio.
A me carregar a mochila do filho um erro de amor. Sendo por amor, pode ser at aceitvel, mas no se justifica. O maior amor cri-lo e educa-lo para a VIDA. E a VIDA exige qualidade, tica, liberdade e responsabilidade. Nossa psique plstica e os comportamentos podem ser mudados a qualquer momento, desde que estejamos realmente mobilizados.
Na oportunidade, esta me deveria fazer o esforo sobre-materno para conseguir no carregar a mochila de seu filho. Vai ser uma briga interna muito grande contra a sensao de estar sendo m, incompetente e rejeitadora.... S o amor no suficiente para uma boa educao.
O filho tem que sentir todo o peso de sua mochila. Cabe me oferecer ajuda. Mesmo que ele recuse, no para ela sentir-se intil e incomodar-se com os olhares indignados de outras mes. para ela devolver olhares dizendo o quo cegas e submissas elas esto sendo aos seus filhos que logo iro cham-las de escravas, e perceber nelas j uma pontinha de inveja....
Logo chegar a hora do filho pedir ajuda. Esta a hora sagrada que Deus arrumou para a me tentar recuperar as falhas educativas anteriores: efetivamente ajudar o filho no que ele precisar.
A me deve abrir a mochila para que o filho pegue o que conseguir carregar. Mesmo que seja pouco, se o filho comear a carregar alguma coisa j timo. At agora ele aprendeu que carregar a mochila obrigao da me. Agora ele tem que reaprender que esta obrigao dele, e a sua me s est ajudando-o. medida que ele vai crescendo, ele pode carregar mais cadernos at chegar um dia em que possa carregar as suas mochilas.
importante que o filho sinta na pele a ajuda de sua me, medida e quantificada pelo peso da mochila que deixou de carregar. Nesta hora seu coraozinho se enche de gratido e beija espontaneamente a sua me. Este sentimento entra no seu quadro de valores e penetra fundo no seu modo de ser. Quem tem respeito prpria me, tambm respeita seus semelhantes assim o filho adquire a tica que vai torna-lo um cidado na sociedade.
Dr. Iami Tiba
Fonte: Informativo Febrae Federao Brasileira de Amor-Exigente.
Colaborao: Lucila Costa Coordenadora regional de Amor-Exigente
|