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Queda nos juros chega em 15 dias no comércio, diz Acim

Daniel Alonso analisa queda de juros e a inadimplência no comércio em geral

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Daniel Alonso, comemorou a informação relativa a queda de juros no sistema financeira brasileiro. “Estas medidas dos bancos devem refletir no varejo em duas semanas”, acredita o dirigente que vem mantendo contato com consultores e especialistas econômicos para uma análise mais ampla. “Em 15 dias as principais redes de varejo já devem começar a reduzir os juros nas vendas feitas a prazo aos seus consumidores”, comentou ao perceber entusiasmo por parte do consumidor. “Naturalmente as lojas precisam se organizar rápido”, falou.

Para o presidente da Acim as empresas apenas aguardam as novas tabelas de bancos e financeiras para iniciar o repasse. “Esse movimento, iniciado no setor bancário, deve ter reflexo nas próximas duas semanas já nas principais redes do País”, afirmou o dirigente que vem conversando com alguns associados neste sentido. “A queda não deve ser muito significativa por causa do aumento da inadimplência nos últimos meses”, contrapôs Daniel Alonso demonstrando outro tipo de preocupação. “A reação do comércio deve ganhar de um lado e perder de outro”, imagina. “Se por um lado o consumo pode aumentar, por outro, a inadimplência pode crescer”, preocupa-se.

Esta preocupação com a inadimplência se deve ao fato de que o Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) – registros recebidos/carnês em atraso – caiu 13,1%, na primeira quinzena de abril em comparação com igual período em 2011: esse indicador também apresenta as mesmas distorções causadas pelo “efeito calendário”, não permitindo uma leitura mais consistente dos dados neste momento, embora não indique grandes oscilações no ritmo diário, sugerindo estabilidade num patamar mais alto que no mesmo período de 2011. “No ano passado a Semana Santa ocorreu na segunda quinzena de abril e a primeira quinzena de 2012 teve três domingos, contra dois no mesmo período no ano de 2011”, disse Daniel Alonso. “Com isso, houve dois dias a menos na 1ª quinzena de abril de 2012, em relação a 2011”, comparou. “Quando comparado com a 1ª quinzena de março de 2012, são também dois dias a menos”, afirmou.

Esse mesmo comentário vale para o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) – registros cancelados/renegociações de crédito – que apresentou queda de 11% (na mesma comparação entre períodos), sinalizando uma estabilidade na taxa de inadimplência, após a alta de 2011. “É preciso ficar atento para a reação do comércio com a queda dos juros e a inadimplência estabilizada”, alertou. “O ideal seria a queda de ambos: juros e inadimplência”, sugeriu.

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