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Banco Central anuncia aumento e faz alerta, diz dirigente

José Augusto Gomes, superintendente da Acim, fala sobre a inadimplência e os juros bancários

O Banco Central anunciou que a inadimplência volta a subir em maio, pelo segundo mês consecutivo, e atingiu 6% no crédito livre (aquele sem destinação obrigatória). Em abril, a taxa estava em 5,9%. “Isto preocupa”, disse o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Libânio Victor Nunes de Oliveira ao tomar conhecimento do anúncio que apontou, também, que os atrasos de pessoas físicas também avançaram pelo segundo mês consecutivo e chegaram a 8% em maio, de 7,8% em abril. No grupo pessoa jurídica, a inadimplência em maio permaneceu estável em 4,1% pelo quarto mês consecutivo. “Isto faz ascender a luz de alerta aos empreendedores”, comentou o dirigente mariliense.

De acordo com os dados do Banco Central o estoque de crédito cresceu 1,7% em maio, ante abril, e atingiu R$ 2,136 trilhões. No ano, o crescimento do crédito é de 5,2%. Em doze meses, a expansão do crédito até maio é de 18,3%. Com esse avanço, o crédito atingiu patamar inédito de 50,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 49,6% em abril. Segundo o BC, o estoque de crédito para financiamento de veículos por pessoa física caiu 0,3% em maio, diante de abril, e acumula recuo de 0,5% em 2012. Em 12 meses, entretanto, o estoque acumula crescimento de 3,7%, somando R$ 200,044 bilhões. A queda em maio e no ano foi puxada pelas operações de leasing. Nessa modalidade, houve recuo de 4,7% diante do mês de abril e de 22,1% no acumulado do ano. Em doze meses, a retração foi de 42,9%. Já os financiamentos com crédito livre cresceram 0,2% comparado com abril e acumulam alta de 3% no ano e 15,1% em doze meses.

Para o superintendente da Acim, José Augusto Gomes, mesmo com o aumento da inadimplência, o juro médio praticado no crédito livre caiu em maio. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, a taxa média praticada no mês passado ficou em 32,9% ao ano, menor que os 35,1% observados em abril. Essa foi a terceira queda seguida do custo medido do crédito. A queda dos juros em maio foi liderada pelas operações para as pessoas físicas, cuja taxa média recuou de 41,8%, para 38,8%, em igual base de comparação. Nos financiamentos para as empresas, o recuo foi de 26,3% para 25%. “A queda do juro no mês passado foi influenciada, especialmente, pela diminuição da margem cobrada pelos bancos nos financiamentos, o chamado spread bancário”, falou o superintendente. “Na média, esse valor caiu de 26,3 pontos porcentuais em abril para 24,7 pontos porcentuais em maio”, apontou José Augusto Gomes.

Novamente, o recuo foi liderado pelo segmento pessoa física, que passou de 32,9 pontos para 30,5 pontos no período. Na pessoa jurídica, o recuo foi de 17,5 pontos para 16,8 pontos porcentuais. Na média diária de concessões, para o BC, a média diária de novos empréstimos concedidos pelos bancos caiu 1,5% em maio na comparação com abril. Os bancos emprestaram em média R$ 9,562 bilhões em cada dia do mês passado. O recuo nos novos empréstimos aconteceu exclusivamente nas operações para a pessoa física, cuja média diária de novas concessões caiu 4,1%, em base mensal, para R$ 3,772 bilhões a cada dia. Nas operações para as empresas, a tendência foi contrária e a média diária subiu 0,2%, para R$ 5,790 bilhões em maio ante o mês anterior.

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