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Dirigente se preocupa com quantidade de dias parados |
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Gilberto Joaquim Zochio, da associao comercial, se diz preocupado com a quantidade de feriados registrados |
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O tesoureiro da Associao Comercial e Industrial de Marlia, Gilberto Joaquim Zochio, se surpreendeu com os dados da Confederao Nacional do Comrcio de Bens, Servios e Turismo (CNC), sobre o prejuzo do comrcio em geral neste ano de 2020 por conta dos feriados nacionais registrados e que dever chegar a R$ 19,6 bilhes de perda por dias paralisados. Um valor considervel no final de uma temporada, disse em tom de preocupao o dirigente mariliense. O valor R$ 2,2 bilhes (12%) superior ao registrado em 2019 (R$ 17,4 bilhes). Ainda mais por ser um ano bissexto, destacou ao lembrar do fato de que muitos feriados cairo em dias teis durante a semana, em comparao com o ano passado. Isso far com que muita gente utiliza os intervalos como pontes, seja antes dos finais de semana ou depois, disse o diretor da associao comercial ao mostrar-se surpreso.
A maior incidncia de feriados em dias teis, embora tenda a favorecer atividades econmicas especficas, como aquelas tpicas do turismo, tende a gerar prejuzos por conta da queda no nvel de atividade ou pela elevao dos custos de operao, na maioria dos segmentos comerciais, principalmente onde as regies no so tursticas. Ao contrrio de 2019, quando o feriado de Tiradentes caiu em um domingo e as celebraes de Independncia, Nossa Senhora Aparecida e Finados ocorreram aos sbados (dia de meio expediente no comrcio), em 2020 todas estas datas ocorrero em dias que seriam teis para o comrcio. Apenas o feriado da Proclamao da Repblica, que aconteceu em uma sexta-feira no ltimo ano, no impactar o setor, pois cair em um domingo. Essa poltica dos feriados deveria ser revista, sugere o tesoureiro da diretoria da associao comercial, que considera um avano a opo facultativa quanto a abertura e o fechamento das lojas em dias especiais. Essa uma opo que o lojista deve estudar, comentou Gilberto Joaquim Zochio.
De acordo com o economista da CNC responsvel pela anlise, Fabio Bentes, a folha de pagamentos, por conta das horas extras a serem pagas, a principal fonte dos prejuzos impostos pelos feriados. Por mais que as vendas possam ser parcialmente compensadas nos dias imediatamente anteriores ou posteriores aos feriados, em virtude do fechamento das lojas ou da diminuio do fluxo de consumidores, o peso relativamente elevado da folha de pagamentos na atividade comercial acaba comprimindo as margens de operao do setor, afirma o economista.
IMPACTO MAIOR - Segundo o estudo, cada feriado reduz a rentabilidade mensal mdia do setor comercial como um todo em 8,4% (varejo e atacado). Entretanto, nas regies ou ramos de atividade onde a relao folha/faturamento mais elevada, esse impacto tende a ser maior. As taxas de perdas mensais decorrentes de cada feriado nacional ultrapassam os dois dgitos nos seguintes segmentos: hiper e supermercados; lojas de utilidades domsticas; ramo de vesturio e calados (11,5%, 11,6% e 16,7%, respectivamente). Juntos, eles respondem por mais da metade (56%) do emprego no varejo brasileiro. Os Estados de So Paulo (R$ 5,62 bilhes), Minas Gerais (R$ 2,09 bilhes), Rio de Janeiro (R$ 2,06 bilhes) e Paran (R$ 1,42 bilho) tendem a concentrar mais da metade das perdas estimadas (57%).
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