Comerciantes, diretores e alguns convidados, estiveram presentes ontem tarde no auditrio da Associao Comercial e Industrial de Marlia (Acim), para acompanhar, direto de So Paulo, na sede da Federao das Associaes Comerciais do Estado de So Paulo (Facesp), atravs da Internet, a Teleconferncia promovida pela Facesp, para ampliar a discusso sobre a Previdncia Social, com a presena do ex-ministro Roberto Brant, e atualmente deputado federal, presidente da Comisso Especial da Reforma Previdenciria.
Segundo o presidente da Acim, Srgio Lopes Sobrinho, o evento foi muito interessante pois foram apresentadas situaes importantes para o conhecimento do empresariado. O debate foi muito esclarecedor, e as apresentaes bem objetivas, disse o dirigente que esteve acompanhando o evento com os demais diretores da entidade e alguns associados. Este tipo de evento simplifica a participao, no havendo dificuldades com viagens e horrios, comentou Srgio Lopes Sobrinho sobre a Teleconferncia.
Para Roberto Brant seria fcil aprovar a reforma da Previdncia com as alteraes articuladas pelo governo que esto sendo discutidas pelo Legislativo. Isso porque, segundo ele, no haveria praticamente mudana nenhuma em relao ao sistema atual. "No custa nada votar uma reforma que superficial, que no altera nada. No h custo poltico nenhum", afirma o deputado, que foi o convidado do presidente da Facesp, Guilherme Afif Domingos, para participar da reunio plenria na Associao Comercial de So Paulo, ACSP, para falar sobre a reforma da Previdncia.
Segundo Roberto Brant, que foi ministro da Previdncia de Fernando Henrique Cardoso, a reforma proposta pelo governo atual foi o melhor projeto para a Previdncia j enviado ao Congresso. "Melhor inclusive do que o que foi proposto pelo governo do qual participei", admitiu.
O deputado acredita, porm, que, se os princpios da proposta alternativa forem adotados, o projeto original estar desfigurado e perder o sentido. "Deixa de ser uma reforma para ser apenas um ajuste fiscal superficial", disse. "Os principais problemas da Previdncia hoje so a contribuio dos inativos e as aposentadorias integrais. O governo resolveu isso no primeiro projeto, mas agora quer voltar atrs", diz. "Ento por que fazer reforma? Sem rever os vencimentos integrais, no h reforma da Previdncia", questionou ao receber inmeras perguntas de diversas pessoas do interior paulista, assistindo a teleconferncia, via Internet, inclusive do pessoal reunido na sede da Acim.
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