Inicialmente o voluntariado do AE foi se formando na maioria por pessoas que chegaram pela dor. Procuraram e encontraram ajuda e de alguma forma quiseram retribuir o que obtiveram. Depois da campanha Vida sim Drogas no, uma parte do perfil se modificou, so pessoas que chamamos genericamente, que vieram pelo amor. So pessoas que vem por um esprito de servir, uma coisa muito espiritual e ela quer servir, e isso trouxe um equilbrio entre a dor e o amor. A pessoa que chega pela dor no est emocionalmente bem, mas ela traz a riqueza da sua experincia e a do amor traz o equilbrio emocional, formando uma boa dupla.
Todo participante do AE voluntrio. Quer dizer; nenhum de ns est ali como doutor, como conhecedor, mas sim para servir, no s aquele que chega para ajudar o outro, at o voluntrio que est ali por amor ajudado tambm, pelo que veio em busca de ajuda, porque ele est dando a oportunidade dessa pessoa aprender. muito importante esse grupo todo. Somos todos voluntrios. Temos no Brasil, um nmero muito grande de voluntrios, cerca de 10.000. Mas ainda insuficiente, se contarmos apenas com aqueles que mais trabalham, que se responsabilizam pela conduo do grupo e tambm se capacitando.
O AE no vive sem o voluntrio. Somos um grupo de apoio formado por voluntrios, por isso precisamos muito do trabalho de quem vai ao AE, de quem nos ajuda de qualquer forma, como por exemplo, esse jornal que publica os nossos artigos semanalmente. O voluntrio do AE qualquer um de ns que tm a bondade no corao e o desejo verdadeiro de servir a Deus ou ao seu irmo. Esse o perfil.
O voluntrio geralmente tem uma caracterstica, ou so pessoas que j exerciam o seu voluntariado, por um impulso interior, ou so pessoas que buscam exercer um trabalho a servio dos outros porque j estavam em busca de fazer algo e reconheceu no AE uma proposta vlida encontrando ali um campo para poder realizar essa busca.
As pessoas que chegam ao AE muitas delas foram pelo sofrimento tornaram se dependentes do grupo, se apropriaram da proposta e se tornaram independentes, no mais precisando do grupo. Muitos vo embora outros permanecem e a se estabelecendo a interdependncia, no momento do Despertar Espiritual.
Tornam-se excelentes lderes, excelentes voluntrios e tm uma curva ascendente no seu desenvolvimento como pessoa. Para estar no AE o desejo de servir e de ajudar o outro, a pessoa que passou por um problema, perdeu o filho ou no conseguiu ajudar o filho, ela faz para as outras pessoas aquilo que no conseguiu para si, e ela torna-se um voluntrio de grande qualidade atravs da sua necessria capacitao. A primeira coisa necessria para ser voluntrio, disponibilizar um tempo para isso, fazer cursos, ler, porque um conhecimento dinmico, no pra. Esse conhecimento, primeiro vai se estruturar no mtodo e na filosofia pregada pelo AE, atravs da Febrae, com seu informativo mensal, cursos realizados pelas regionais e tem tambm a oportunidade de se formar na sua prpria comunidade, atravs da ao, porque AE ao e assim esse conhecimento torna-se significativo e no intelectualizado. Como as pessoas chegam ao AE muito sofridas, olham para o voluntrio e tem absoluta confiana no trabalho ali realizado por eles. Eles vem com a expectativa e com a f que ali est uma pessoa capaz de ajuda-la. A gente s se torna capaz quando buscamos capacitao; ela no acontece por si s.
Dilogo Rede Vida 06/02/06
Neube Jos Brigago Presidente da Febrae.
Mara Silvia Carvalho de Menezes Presidente do Conselho Deliberativo da Febrae
Colaborao de Lucila Costa, coordenadora regional de AE em Marlia |