O atendimento pblico pelo Sistema nico de Sade (Sus) na Santa Casa de Marlia totalmente dependente de autorizao por parte da Secretaria Municipal da Sade, ou da Central Estadual de Vagas. A afirmao da Coordenadora de Negcios do hospital mariliense, Mrcia Motta, ao explicar o mecanismo utilizado pelo convnio Sus, que chega a 78% do atendimento geral da instituio voltados para o atendimento pblico, principalmente nas reas ambulatoriais e de internaes. Todo atendimento Sus referenciado, falou. No uma demanda espontnea, como pensam alguns, afirmou ao esclarecer a dependncia das autorizaes, pois antes de haver o atendimento na Santa Casa preciso que o paciente passe pelas Unidades Bsicas de Sade (UBS) ou por um servio de Pronto Atendimento ou de urgncia.
Por se tratar de uma situao complexa, Mrcia Motta aponta os valores limites de pagamento por parte do Gestor Pblico como insuficientes, devido a demanda de procedimentos que elevada. Alm de ter que atender mais do que permitido, a Santa Casa recebe valores bem inferiores dos custos operacionais, disse ao explicar os motivos que levam um hospital como o de Marlia a permanentes crises financeiras. Uma consulta mdica, pelo Sus, avaliada em R$ 7,55, sendo que R$ 2,55 vo para os custos do hospital e R$ 5,00 so encaminhados para o mdico, falou ao mostrar uma srie e planilhas explicativas e demonstrativas.
Dos atendimentos ambulatoriais, a mdia mensal na Santa Casa de Marlia de 9.718, sendo que 6.700 so somente de pacientes do Sus. Nas internaes a mdia mensal do hospital mariliense de 808, mais da metade dela de pacientes cirrgicos. Sem contar as internaes prolongadas de pacientes e as gratuidades que acontecem, acrescentou Mrcia Motta ao mostrar uma situao financeira complicada de ser administrada em qualquer lugar do Brasil, em razo das condies oferecidas pelo sistema de sade praticado no Brasil. Precisa haver um aumento de subvenes estadual e federal, alm de uma reviso na tabela de preos, apontou a soluo ao acrescentar a necessidade de mais investimento pblico na sade preventiva. Quanto menos tempo o paciente ficar no hospital, melhor para todos, afirmou ao mostrar casos de pacientes com at quatro meses de internao.
Uma certeza colocada pela Coordenadora de Negcios da Santa Casa de Marlia quanto a discriminao entre pacientes do Sus e outros convnios, no que se refere a assistncia hospitalar. Segundo a coordenadora o que existe uma diferena no tipo de acomodao. Inclusive hoje uma de nossas metas a busca pela excelncia na qualidade do atendimento humanizado, falou Mrcia Motta. Atendemos Sus, principalmente procedimentos de Alta Complexidade, disse a dirigente ao lembrar de servios como: Cirurgia Cardaca, Oncologia, Ortopedia, Terapia Renal Substitutiva, inclusive Transplante Renal, Neurocirurgia e outros. Mas todo esse atendimento autorizado previamente pela Secretaria Municipal de Sade, falou ao desmistificar que a Santa Casa um hospital voltado ao atendimento privado. Quem fala isso no conhece a Santa Casa, to pouco a sistemtica da Sade Pblica no Brasil, afirmou. |
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